O caminhoneiro Fabiano Garcia Sanches, preso pelo assassinato da corretora de imóveis Amalha Cristina Mariano Garcia, de 43 anos, confessou o crime à equipe do BPChoque (Batalhão de Choque) da Polícia Militar. O homem de 38 anos, afirmou que já conhecia a vítima e a convidou para um esquema de golpe do seguro, mas ela negou e por isso, acabou morrendo. O corpo foi encontrado na região do Bairro Los Angeles, em Campo Grande, na tarde de terça-feira (21).
Ontem (24),durante coletiva de imprensa, o comandante do Batalhão de Choque, tenente-coronel Rigoberto Rocha, afirmou que o Fabiano foi identificado durante as investigações, mas sem dar detalhes. Segundo o militar, na tarde de ontem, ele foi encontrado dirigindo um caminhão na Avenida Ministro João Arinos.
De acordo com o coronel, assim que o homem foi abordado, ele confessou o crime e contou uma versão. Fabiano disse que convidou Amalha para ir até a casa onde ele mora no Bairro Jardim Centenário. “No local, ele relata que propôs que os dois dessem o golpe do ‘seguro’ usando o carro da vítima, um Jeep Renegade”. A ideia, provavelmente, era comunicar falso furto do veículo, levar para o outro lado da fronteira, vender e também conseguir o dinheiro do seguro.
Como Amalha disse não, Fabiano diz que os dois discutiram e ele passou a agredir a corretora. Depois de algum tempo, o caminhoneiro afirma que colocou Amalha dentro do próprio carro e a levou para a região do porto seco, onde continuou batendo na vítima com um pedaço de pau. Quando ela estava enfraquecida, o homem diz que a colocou no porta-malas do Jeep Renegade e seguiu por alguns metros.
Ele retirou Amalha do carro e os dois lutarem, contou Fabiano. Foi então que ele deu o golpe fatal na vítima e a arrastou até perto da árvore onde o corpo foi encontrado. Aos militares, ele afirmou ainda que saiu do local com o Jeep da corretora e passou o veículo para uma outra pessoa, ainda não identificada.
O objetivo era que esse terceiro envolvido se desfizesse do veículo. No entanto, como o caso teve grande repercussão, o comandante acredita que o suspeito decidiu abandonar o Jeep no terreno onde foi encontrado na tarde de quinta-feira (23).
Agora, segundo Rocha, o crime é tratado como latrocínio e ocultação de cadáver. Ainda não se sabe qual a participação das duas mulheres levadas para a Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher) na tarde de hoje e a polícia trabalha para identificar o responsável por dar sumiço no veículo da vítima.
Fabiano e uma mulher, que não teve o nome divulgado, acompanharam a perícia na casa onde as agressões começaram. No imóvel localizado no Rua Socorro, Bairro Jardim Centenário, não foi encontrado nenhum indício do crime, a princípio.
Em seguida, os dois foram retirados do local em viatura do Choque e levados para a Deam. Na saída, alguns parentes de Amalha esperavam do lado de fora e bateram palmas para os policiais dizendo que estavam “muito agradecidos pelo empenho da polícia em esclarecer o caso”. Uma outra mulher esteve na delegacia acompanhada por duas advogadas, mas não quis falar com a imprensa. Amalha foi morta com pauladas e pedradas, segundo o relato de Fabiano.